Interações Medicamentosas: um desafio para Saúde

José Carlos Barbério, Professor titular aposentado da Universidade de São Paulo (USP); ex-presidente do Instituto de Ensino e Pesquisa na Área da Saúde (IEPAS), vinculado ao Sindicato dos Hospitais, Clínicas e Laboratórios do Estado de São Paulo (SINDHOSP).

A interação de medicamentos é um tema crucial na área da saúde, especialmente em hospitais e, mesmo outras instituições de saúde. Por isso, trago este artigo para o âmbito de discussão da Federação Brasileira de Administradores Hospitalares (FBAH).

Administrados juntos, dois ou mais medicamentos podem provocar interações que afetam a própria segurança do paciente e a eficácia do tratamento.

O que são interações medicamentosas?

São as que ocorrem quando um medicamento interage com outro medicamento no organismo. Elas são complexas e importantes tais como:
Um aumento ou a diminuição de eficácia desse medicamento, ou de aumento de seu risco, quanto a efeitos colaterais, a alteração de seus níveis na circulação e outros, como a própria redução no tratamento que se espera.

Essas interações medicamentosas podem trazer consequências mais graves para o paciente, tais como efeitos colaterais graves que podem ocasionar problemas cardíacos ou reações alérgicas. Esses efeitos podem aumentar o tempo da internação hospitalar, devido a sintomas adversos que podem reduzir sua própria qualidade de vida. Tudo isso pode resultar no aumento do tempo de internação hospitalar e aumentar seus custos de saúde.

Médico segurando medicamentos nas duas mãos.

Medicamentos administrados juntos podem afetar a segurança do paciente.

Mas sempre é imperativo que os médicos estejam a par de seus conhecimentos de Farmacologia e de seus ramos, como a farmacocinética que é pela qual os medicamentos exercem suas funções no organismo como absorção, distribuição, metabolismo e excreção. É por aqui que podemos saber como ocorrem as interações dos medicamentos.

Além disso, a farmacocinética também ajuda a entender como as características individuais do paciente, como idade, peso e outras tais como funções, podem afetar a resposta ao medicamento.

Prevenir tais problemas de interações medicamentosas e, mesmo saber que seu gerenciamento é absolutamente importante, é realizar toda uma história desse medicamento, verificando seus níveis no sangue, ajustando suas doses e os horários em que são administrados.

Essas interações medicamentosas constituem, para a área de saúde um importante desafio.

Por isso, é fundamental que os profissionais de saúde, médicos, administradores de hospitais, e outros da área, estejam cientes desses riscos e se ocupem das medidas que possam prevenir tais interações.

É de todos, os da área de saúde, preocuparem-se  com a segurança e a certeza da eficácia  dos tratamentos. Tais medidas, certamente, podem e devem garantir uma melhor qualidade de vida para os pacientes.

Artigo escrito por José Carlos Barbério

Professor titular aposentado da Universidade de São Paulo (USP); ex-presidente do Instituto de Ensino e Pesquisa na Área da Saúde (IEPAS),

vinculado ao Sindicato dos Hospitais, Clínicas e Laboratórios do Estado de São Paulo (SINDHOSP)

 

Quem somos

Desde 1971, a Federação Brasileira de Administradores Hospitalares é pioneira em colocar a gestão no centro da Saúde no Brasil.

Ao longo de mais de cinco décadas, a FBAH consolidou-se como referência nacional, promovendo a valorização e qualificação dos profissionais que fazem a diferença na administração de hospitais e na gestão da saúde.

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